O aumento da inflação e a diminuição do poder de compra têm afetado significativamente os portugueses em vários domínios. Isso não é exceção quando falamos das tendências do mercado imobiliário em 2023.
Os especialistas apontam para um ano de otimismo cauteloso no campo imobiliário, embora se verifiquem muitos desafios. Explore connosco as tendências do mercado imobiliário em 2023 e descubra como a Diretora Coordenadora Nacional da DECISÕES E SOLUÇÕES, Guida Sousa, encara o panorama atual.
5 Tendências do mercado imobiliário em 2023
1. Os efeitos da inflação
O incremento acentuado da inflação tem efeitos diretos no aumento do custo de vida e na diminuição do poder de compra. Somando o facto de os salários se manterem praticamente inalterados, os portugueses têm sofrido um decréscimo da capacidade financeira.
Como consequência, procuram imóveis de menor valor (nomeadamente para remodelar), preferem arrendar ou adiam a decisão de mudança de casa. Esta tendência do mercado imobiliário em 2023 verifica-se particularmente em quem depende de financiamento bancário.
2. O alargamento das zonas de interesse
De acordo com Guida Sousa, é notório o aumento da procura nas periferias das cidades (por exemplo, de Lisboa, Porto e Coimbra), nas zonas rurais e no Interior do país, principalmente pela classe média.
Guida Sousa esclarece também que esta tendência do mercado imobiliário em 2023 advém maioritariamente de razões de natureza económica, não só por questões de preferência: “Na altura do pico pandémico, este fenómeno começou a ser um requisito das famílias que ambicionavam fugir da azáfama citadina e/ou ter mais espaço em casa. No pós-pandemia, este é um critério imposto às famílias portuguesas pela falta de possibilidades económicas para viver nas grandes cidades.”
3. A subida das taxas de juro
O Banco Central Europeu tem vindo a aumentar as taxas de juro. Esta é uma ferramenta que visa desacelerar ou reverter a subida da inflação, visto que limita o dinheiro disponível a circular.
O aumento dos juros dos empréstimos inviabiliza que muitas famílias comprem casa (e que outras consigam vender), pois é mais difícil cumprir o pagamento das prestações. Num panorama de sustentabilidade geral, a concessão de crédito é mais criteriosa, o que diminui o risco de incumprimento e um consequente caos idêntico ao de 2008.
Alguns proprietários são levados a colocar os seus imóveis à venda por um valor menor, de forma a gerar liquidez. Segundo Guida Sousa, isto conduz “a um ajuste negativo dos preços presentes no mercado, ainda que mínimo. Assim, estamos perante condições que potenciam uma subida da oferta em simultâneo com a descida da procura, no segmento de mercado mais baixo, graças às famílias com menores rendimentos.”
Este é um dos fenómenos que contribui para a estabilização dos preços, uma das mais esperadas tendências do mercado imobiliário em 2023.
4. O ajuste dos preços imobiliários
A acentuação dos juros e a queda no poder de compra determinam o arrefecimento do mercado imobiliário. Uma vez que se estima um abrandamento generalizado da procura e uma estabilização da inflação, podemos esperar uma definição mais equilibrada e racional dos preços de venda.
Porém, este ajuste está longe de ser homogéneo. Será muito mais visível nos compradores nacionais (mais sujeitos a financiamento, juros e inflação) do que nos estrangeiros. E é provável que se sintam alguns aumentos dos preços, principalmente nas regiões onde a procura excede a oferta, como Lisboa e Porto.
Outras tendências do mercado imobiliário em 2023 resultantes da correção dos preços incluem o aumento do poder de negociação e do período durante o qual os imóveis estão no mercado.
5. A influência estrangeira em Portugal
2023 é o ano que confirma a afirmação estrangeira no mercado imobiliário português como predominante e inescapável. Destaca-se o reforço do investimento norte-americano.
A migração da classe média portuguesa para as periferias e para o Interior é ditada, em grande parte, pela presença das classes altas internacionais nos centros urbanos e no Litoral, onde os preços disparam. A nível europeu, Portugal ainda detém um mercado imobiliário estável e um custo de vida baixo.
Juntam-se fatores chamativos como a qualidade de vida, a intensificação do teletrabalho, a segurança, o clima ameno, a gastronomia e a facilidade de integração.
Os desafios e as oportunidades
Como ilustra Guida Sousa, as tendências do mercado imobiliário em 2023 são “uma doçura para uns e uma travessura para tantos outros”. Não é um ano para alarmes, mas também não o é para otimismo desmedido.
O mercado imobiliário, como provedor de um bem essencial, é um setor perenemente resiliente, que continua a atrair muito investimento e é uma opção rentável e segura de aplicar o dinheiro.
Se pretende descobrir mais sobre o mercado imobiliário, não deixe de visitar o nosso blog. Na DECISÕES E SOLUÇÕES, queremos não só oferecer-lhe um acompanhamento perito e personalizado, mas também dar-lhe informação útil.
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